O filme enfatiza os conflitos pessoais e como eles afetam os lutadores dentro do ringue
Reprodução: Divulgação
Quando a nova sequência de Rocky saiu, “Creed: Nascido para Lutar” (2015), fiquei cética em relação ao filme. Qual o motivo para trazer de volta uma das mais amadas histórias que teve um bom final? Poderia ser para encher ainda mais os bolsos dos produtores de Hollywood, mas com indicações ao Oscar, o primeiro filme da nova franquia surpreendeu a todos. Adonis (Michael B. Jordan) nunca conheceu seu pai, ex-campeão mundial dos pesos pesados de boxe, Apollo Creed, que morreu no ringue antes do seu nascimento. Decidido a seguir os passos do pai, Adonis vai para Filadélfia procurar o lendário Rocky Balboa (Sylvester Stallone) para treiná-lo.
O diretor Steven Caple Jr. assume o segundo longa e traz de volta todo o elenco. Mas mesmo na época de Rocky os filmes já tinha o mesmo clichê. Um atleta começa no topo, fica perdido e no final saiu vitorioso. Parece cansativo, mas durantes anos isso ainda funciona. Com lutas intensas dentro e fora do ringue, Creed II deixa de se preocupar com o antigo legado e enfoque a Adonis e seus conflitos pessoais. Ao ser desafiado por Drago (Florian Munteanu) um oponente violento treinado por seu pai Ivan Drago (Dolph Lundgren), inimigo de Rocky, seu caminho começa a ser traçado. Agora noivo de Bianca (Tessa Thompson) e prestes a se tornar pai, Adonis tem que enfrentar a rejeição de seu treinador.
Por mais que a tensão criada entre as gerações de Rocky e Ivan sejam nostálgicas, o longa vai mostrando que não se trata apenas de vitórias. Tudo está mais profundo, conflitos pessoais vão aparecendo ao ponto do personagem chegar ao desgaste psicológico e ter que aprender a continuar. Creed II continua falando de superação, mas com moderação. Heróis surgem e se consagram dentro dos ringues, no entanto o que acontece fora deles é o que determina o desempenho final.
Reprodução: Divulgação

Reprodução: Divulgação
Michael B. Jordan segue impecável fisicamente e bem melhor no quesito atuação, mais expressivo, ele convence quando precisa ser emocional. Stallone depois de todo esse tempo amadureceu no papel de Rocky, é um homem com sabedoria e admirável. Já Bianca, ainda é o refúgio de Adonis e o que há de mais delicado no longa. O personagem Drago é pouco aproveitado além do seu porte físico, assim como Ivan que retornou para ser somente um pai durão.
O roteiro escrito por Sylvester Stallone e Juel Taylor, tem frases de efeitos no limite, ao mesmo tempo que é capaz de energizar o público, acaba sendo superficial demais. Um belo design de produção, nas cenas de lutas é possível sentir a emoção de estar participando, tudo feito minuciosamente como se fosse ao vivo. Vibrante e estonteante. Sem desmerecer o clássico, Creed II traz uma experiência satisfatória. Oferece emoção e lutas grandiosas com uma épica trilha sonora. É de arrepiar.  
Escrito por

Acabou em Pizza

Previous Post

Next Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *