Reprodução: Nasa
No dia 16 de julho, faz 50 anos do lançamento da nave Apollo 11 ao espaço. De fato, um assunto nada próximo dos brasileiros mas que, segundo Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, foi “um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”. Ufa, estamos incluídos.

Lá em 1969, os Estados Unidos estava em uma guerra espacial com a União Soviética, para ver quem tinha um ego maior. Diante disso, não podemos desprezar a contribuição dessas duas nações para o desenvolvimento tecnológico. Daqui, parece pequeno, mas quem sabe um dia finalmente pisamos em Marte. Para os aficionados por viagens espaciais, isto é um sonho a ser alcançado. Para nós, talvez, uma descoberta. A pressa e agilidade fez o primeiro astronauta a sair da órbita terrestre ser uma cadela, a Laika. No entanto, ela morreu de hipertermia poucas horas após o lançamento da nave Sputnik 2. Em 2008, ganhou uma estátua em sua homenagem e é citada no Monumento aos Conquistadores do Cosmos, em Moscou.
Ninguém disse que ir além do que conhecemos seria fácil. A NASA (National Aeronautics and Space Administration), durante o programa para levar o primeiro homem a lua, teve diversas baixas e sofreu com suas consequências. Porém, no dia 24 de julho de 1969, Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins voltaram para Terra e consagraram-se na história. Há controvérsias em relação a esse fato. Alguns falam que isso não passou de uma fake news que a própria Nasa elaborou e que os astronautas apenas encenaram para as câmeras. O fato é que, depois de 50 anos, o assunto ainda repercute. Diante das perdas, dos sacrifícios e da saturação econômica da Nasa, do ocidente ao oriente, a chegada à Lua foi um grande salto para a humanidade. 
A Nasa ainda trabalha com o projeto de levar mais alguém para lá. Quem sabe a próxima será uma mulher. Até lá, aprendemos e revivemos essas conquistas a partir do gênero ficção científica nas produções cinematográficas. Os filmes aqui listados representam não somente um guerra intergaláctica contra o lado sombrio da força; ou uma ida audaciosa onde nenhum homem jamais esteve; ou mesmo um clichê romântico. Para mim, esses filmes vão além de uma boa narrativa e complexidade visual. Fazer com que o espaço deixe de ser um local inóspito e passe ser explorado a partir de diversas visões e sensações, vale um refresco na memória. 
2001 Uma odisseia no espaço (1968)
Reprodução: Comunidade Cultura e Arte
Antes da primeira viagem do homem à lua, o diretor Stanley Kubrick adaptou para o cinema o romance escrito por Arthur C. Clarke, chamado “The Sentinel”. Assim nasceu um dos maiores longas da humanidade. Marcado pelo silêncio, composição sonora e visual, 2001 traz o que há de mais racional na sociedade: o fechamento de um ciclo e abertura de outro. Há milhares de anos, o homem já sofria os efeitos da extinção e compreender a mente humana era um dos caminhos para evolução. Kubrick aborda camadas de histórias que completam-se como uma alegoria. Na época era um vislumbre visual e uma narrativa audaciosa. Hoje é uma distopia que permite olhar, compreender e estudar o processo de evolução. 
Gravidade (2013)
Reprodução: B9
Dirigido pelo premiado Alfonso Cuarón, Gravidade não conta apenas com rostinhos conhecidos de Hollywood. O astronauta Matt Kowalski (George Clooney) estava em uma missão para consertar o telescópio Hubble ,juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock), quando ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços de um satélite que faz com que  eles sejam jogados no espaço. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana. Mesmo sendo ficção, o longa sabe explorar o que nós seres humanos mais sentimos: medo. Refletindo sobre aquele desejo insaciável de encontrar novos planetas e novas formas de vida, o longa eleva a adrenalina ao extremo. No final, o sufoco criado nos leva a repensar se o preço por deixar a terra e explorar o universo vale a pena.
Interestelar (2014)
Reprodução: YouTube
Ah, esse aqui mistura o que há de mais básico em uma ficção científica com as consequências reais que sofre a humanidade, além de trazer nomes conhecidos no cenário cinematográfico. Após ver a Terra consumindo suas reservas naturais, um grupo de astronautas tem a missão de verificar possíveis planetas para receber a população mundial, possibilitando a continuação da espécie. Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele segue em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) também investe em uma jornada própria para tentar salvar a população do planeta. Dirigido por Christopher Nolan, Interestelar acima de tudo faz refletir sobre nossas escolhas e o que elas podem ou não causar.

O Primeiro Homem (2018)
Reprodução: Revista Galileu – Globo
Meticulosa e minimalista, a biografia de Neil Armstrong não poderia ser apenas mais uma. Do premiado diretor Damien Chazelle, o longa conta detalhadamente a vida de Armstrong e sua jornada até a lua. E que vida, hein? Quem pensou que o astronauta passou anos de sua vida desfrutando a fama e a glória por fazer parte da equipe mais célebre da Nasa estava enganado. Chazelle, além de abordar os diferentes desafios que cercaram o projeto, fez questão de mostrar para o público uma pessoa puramente comum. Embora tenha ficado conhecido, pouco sabe-se que o primeiro homem a pisar na lua levava uma vida simples. O diretor nos conecta com o personagem da forma mais crua e verdadeira e deixa a mensagem: “se Neil conseguiu, eu também posso.”

Wall-E (2008)
Reprodução: Casa do Cinema
Sim, é uma animação. Entretanto, poucos enxergaram o verdadeiro significado do filme Wall-E. Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma nave. O plano era que o retiro durasse alguns anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. No entanto, Wall-E é o último destes robôs que se mantém em funcionamento, graças ao auto-conserto de suas peças. Sua rotina consiste em compactar o lixo existente e colecionar objetos pouco curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Mas o robô carismático acaba de apaixonando por Eva, uma androide enviada repentinamente para a Terra. Ambos encontram-se em um cenário de completa destruição, que o longa não faz questão de esconder. É doloroso perceber o quão possivelmente fiel o longa é ao mostrar o tratamento que damos ao nosso planeta e o quanto o egocentrismo está destruindo nosso lado social. Apesar de ser uma animação, Wall-E não é nada menos que um tapa na cara.



O conteúdo da coluna é de responsabilidade da autora.
Escrito por

Andressa Mendes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *