Reprodução: Metro Jornal

A terceira temporada finalmente está entre nós. A série que referenciou o catálogo da Netflix volta, no seu terceiro ano, ainda melhor. Como não amar os anos 80? Com referências cinéfilas e músicas de qualidade, Stranger Things reconstruiu uma uma década nostálgica que ainda mora em nossos corações. Um grande acerto para os roteiristas e criadores Matt Duffer e Ross Duffer.
Após os acontecimentos da última temporada, os idealizadores prometeram que, dessa vez, o personagem Will (Noah Schnapp) sofreria menos. Porém, as coisas se tornaram mais sombrias do que antes. Um anos depois do incidente com o Devorador de Mentes, o grupo, agora adolescente, curti um animado verão. Entretanto, a chegada da puberdade causa desentendimentos nos relacionamentos. Depois de Eleven fechar o portal do Mundo Invertido, uma criatura permaneceu na cidade de Hawkins e, agora, passa a abduzir os moradores da cidade. 
A nova fase do grupo abala Will, que precisa lidar com a mudança de interesses de seus amigos. Steve (Joe Keery) está na pior por não ter conseguido ir para a faculdade e se vê trabalhando em uma sorveteria no shopping. Além disso, Dustin (Gaten Matarazzo) se afasta do grupo, após passar um tempo fora da cidade. Mike (Finn Wolfhard) e Eleven (Millie Bobby Brown) enfrentam uma crise no relacionamento. Até Hopper (David Harbour), com seu lado durão sentimental, ganha mais destaque como pai do ano, enquanto tenta reatar sua relação com (Winona Ryder). Assim como Lucas (Caleb McLaughlin) e Max (Sadie Sink), que mais uma vez mostram seus talentos.

Já é consenso que o Devorador de Mentes precisa de um hospedeiro; e é em cima disso que a narrativa se desenrola. Os primeiros episódios tem ritmo mais calmo, como uma introdução do que está por vir. Olhamos para o amadurecimento do grupo e encontramos Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan (Charlie Heaton) tentando sobreviver aos infortúnios do estágio. Há um equilíbrio certo entre o desenvolvimento dos personagens e o sobrenatural.
No entanto, a segunda metade da temporada é eletrizante. A história se constrói em paralelo com um arco de cientistas militares russos e explica a intenção deles por trás do interesse nas criaturas. Em séries, assim como em filmes, a presença russa é sempre vista como ameaça: um clichê utilizado pelos roteiristas. Porém, conecta-se perfeitamente com Stranger Things. Criaturas sombrias, super poderes e grandes mistérios. Uma deliciosa combinação. 
O valor da amizade cresce cada vez mais na série. A adição de novos personagens injeta ainda mais carisma e nerdice ao roteiro e o design de produção, como nas temporadas anteriores, não falha; os anos 80 estão bem representados. As cores reluzentes, objetos, roupas e até o novo shopping em Hawkins são realistas. Tudo é maior: as desilusões, os amores, os medos e perigos.
Escrito por

Andressa Mendes

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