Estrelado por Melissa McCarthy (Uma Ladra Sem Limites), Tiffany Haddish (Keanu) e Elisabeth Moss (The Handmaids Tale) o longa tinha tudo para ser uma obra de impacto mas não foi o que aconteceu, nos primeiros minutos uma confusão entre cenas nos é apresentada sem mostrar indício ou pistas do que virar acontecer no restante do filme, deixando visível um roteiro muito pobre.
Dirigido por Andrea Berloff o filme é baseado no hq The Kitchen (DC Comics) que ilustra a história de três mulheres nos anos 70 que se veem sem saída quando os maridos que comandavam o bairro são pegos pela polícia nova-iorquina, elas então decidem tomar o lugar dos mesmos para conseguirem se sustentar, porém essa reviravolta não é bem vista pelos outros homens envolvidos nessa máfia irlandesa e é nesse momento que a diretora iniciante Berloff mostra em gloriosas cenas de ação – com muitos tiros – a luta dessas três mulheres.
Melissa McCarthy que já é acostumada com filmes de ação e comédia interpreta Kathy, uma dona de casa que vai aprendendo a ser uma traficante forte colocando na cabeça que isso é o certo a se fazer. Já Claire (Elisabeth Moss) que sofria violência doméstica constante pelo marido não se sente isolada quando o mesmo é preso, ela vê o lado positivo dessa prisão e no crime acaba encontrando sua força. Por fim Ruby (Tyffany Haddish) uma mulher negra que não foi bem aceita pela família irlandesa quando se casou, vê na máfia uma forma de ascensão pessoal.
Quando tenta mostrar a vida de cada uma das mulheres e suas relações individuais com a família o roteiro se perde nessas pequenas histórias que se apresentam entre as boas cenas de ação. Somos acostumados ao final dos filmes desse gênero como John Wick: De Volta ao Jogo (2014) e Scarface (1983) a acreditar que a violência e o mal não são as melhores opções, ou seja, não compensam e isso é exatamente o que acontece em Rainhas do Crime, esse deve ter sido o maior erro do longa produzido pela Warner Bros porque esse lado maquiavélico e compensador do crime foi muito mal passado.