Crítica: Predadores Assassinos

Com filmes bons e interessantes no currículo, como A Viagem Maldita (2006) e Amaldiçoado (2013), passando pelo péssimo Piranha 3D (2010), realmente não sabia muito bem o que esperar do novo longa do francês Alexandre Aja. Predadores Assassinos nos conta a história de Haley Keller, vivida por Kaya Scudelario (Skins, Maze Runner), que, em busca de seu pai, interpretado por Bill Pepper (Maze Runner, O Resgate do Soldado Ryan), acaba ficando presa no porão de casa durante um furacão. E para piorar, crocodilos gigantes estão por toda parte, colocando a vida de ambos em risco. 

Com todos ingredientes de um filme de desastre, Predadores Assassinos tenta mostrar a perseverança e força de seus personagens enquanto os mesmos lidam com dramas pessoais e traumas do passado. Seria injusto dizer que o diretor não consegue prender atenção do público, especialmente ao que envolve o perigo imediato se aproximando de Haley e seu pai. Essa tensão é quebrada, porém, quando o filme tenta ir para um campo mais subjetivo, explorando a relação conturbada entre pai e filha. Os diálogos são fracos, vão direto ao ponto e terrivelmente mal inseridos na narrativa. 

Por fim, vale dizer que Predadores Assassinos pode ser um bom passatempo pra quem gosta de filmes que exploram catástrofes e desastres naturais. Também vale pra quem gosta de um horror não sobrenatural (embora eu jamais classifique esse como um filme de horror) e para quem não esta disposto a entrar muito em alguma história, porque aqui não há. O que temos são boas cenas de ação com algum melodrama mal encaixado. Confesso que fui esperando algo pior. Saio esperando que Aja volte para o horror sobrenatural e deixe a natureza de lado. 

Trailer: