Depois de uma sequencia negativa tentando reviver uma franquia muito bem sucedida, O Exterminador do Futuro está de volta em Destino Sombrio, que marca o retorno também de James Cameron, diretor dos dois primeiros longas da série, que aparece agora como co-roteirista. Com Linda Hamilton vivendo a icônica Sarah Connor e uma boa escolha para a direção, a cargo de Tim Miller (Deadpool), o filme ignora o que aconteceu a partir do terceiro longa e é uma sequencia direta a partir de O Julgamento Final. Decisão acertada, pois considera apenas os filmes em que Cameron teve participação direta na concepção.
A história começa em 2019, na Cidade do México, onde Dani Ramos (Natalia Reyes) é a escolhida da vez para ser alvo do Exterminador (Gabriel Luna). Grace (Mackenzie Davis) é enviada do futuro para protege-la, e claro, Sarah Connor (Linda Hamilton), com uma motivação quase que egoísta, se junta as duas na missão de eliminar o perigo e salvar a humanidade de uma extinção no futuro.
Num primeiro ato intenso, com longas cenas de ação – e uma progressão de eventos e de tensão ótima – é difícil entender o porquê de Dani ser a escolhida, e a maneira como é apresentado o motivo do problema é, digamos, preguiçoso, apesar de não atrapalhar a experiencia. O segundo e o terceiro ato funcionam bem, com a direção preocupada em não apenas mostrar boas cenas de luta, mas em coordenar bem as novas informações que são apresentadas ao espectador. O ponto alto é por conta do excelente trabalho do trio de protagonistas, cada uma com suas particularidades – Dani, uma mulher forte mas recém conhecendo sua força como heroína; Grace, obstinada e leal a sua missão, além de ser quase um cyborg; e Sarah Connor, com sua força movida pela tragédia pessoal que a acompanha. O protagonismo das três não consegue ser quebrado nem quando Arnold Schwarzenegger entra em cena, já na segunda metade do filme.
Exterminador do Futuro – Destino Sombrio é uma sequencia digna para uma franquia que começa muito bem, mas que foi castigada por filmes fracos ao longo dos anos. Confirma-se, assim, que a volta de James Cameron ao projeto, somada a de Linda Hamilton na pele da verdadeira Sarah Connor agregaram uma qualidade que faltou nos trabalhos anteriores.
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