A Caminho de Casa conta a jornada da cachorrinha Bella em busca de reencontrar seu lar e seu amado dono Lucas. O filme transmite ao espectador lições de amizade, lealdade e superação. Ou seja, aparentemente o roteiro não traz nenhuma novidade cinematográfica dentro da categoria de longas estrelados por cachorros. Posso dizer que A Caminho de Casa foi exatamente aquilo que eu imaginava. Algo muito similar, inclusive, ao filme Quatro Vidas de Um Cachorro, ambos dividem o protagonismo canino, apego e adoração pelo seu dono, o difícil retorno ao lar e também o roteirista W. Bruce Cameron. Contudo, o filme não deixa de cativar o espectador e fazê-lo se encantar com Bella.
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A narrativa do filme fica por conta da atriz Bryce Dallas Howard, que dá voz a protagonista Bella. Inicialmente, a cachorra surge como um filhotinho de rua que consegue escapar do Controle de Animais e é adotada por Lucas (Jonah Hauer-King), um jovem estudante de Medicina. Não demora muitas cenas para os dois se tornarem inseparáveis, as quais são responsáveis por arrancar sorrisos de quem assiste.
Infelizmente, Bella acaba se perdendo do seu dono e parte em uma viagem na tentativa de reencontrá-lo. Ao longo do caminho, ela passa por aflições e perigos, mas também faz amizades tanto do mundo humano quanto do mundo animal. Contudo, Bella precisa deixar esses amigos para poder voltar ao seu lar.
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Como todo bom filme de cachorros, o final é feliz (como deve ser!) e Bella reencontra Lucas, que nunca deixou de procurar e esperar pela sua cachorrinha. Um dos traços interessantes do roteiro é mostrar a dificuldade de recuperação dos veteranos do Exército dos Estados Unidos e como a presença de um animal de estimação pode melhorar e acelerar no processo de superação dos traumas da guerra.
As atuações são boas e todos cumprem seu papel adequadamente. Talvez o pecado do roteiro tenha sido não explorar mais os atores, fazendo com que o público desenvolvesse empatia por eles da mesma forma que acontece com Bella. Outra falha do roteiro é não tratar o casal homoafetivo com a devida realidade, ficando fiel ao “politicamente correto da família tradicional”, ou seja, o espectador entende que eles são um casal e não amigos que moram juntos por pistas deixadas pela direção de arte.
Contudo, o filme deixa muito a desejar nos efeitos especiais, especialmente nos momentos que demonstram o crescimento da Bella em frente às câmeras. Se o efeito não for realista, o melhor é que ele não exista.
A Caminho de Casa alcançou as minhas expectativas e cumpriu sua função como filme de animais de estimação: comovente, engraçado e inspirador. Faz com que todos saiam do cinema querendo uma Bella também.