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Primeiro filme após Vingadores: Ultimato e último da terceira fase do Universo Cinematográfico da Marvel é bom. Com o principal objetivo de responder algumas perguntas deixadas em aberto e focar mais no lado humano do personagem, o longa é um exemplo de como o novo teioso ainda é um adolescente. Depois de parte da humanidade apagada por Thanos retornar, as coisas ainda estão se normalizando. Mesmo assim, Peter e sua turma se preparam para uma viagem pela Europa. Com o objetivo de chamar atenção e conquistar Mary Jane de vez, Peter nem acredita que as sonhadas férias não vão acontecer.
Com roteiro de Chris McKenna e Erik Sommers, a narrativa continua apresentando um aranha engraçado e imaturo, que precisa lidar com as consequências de seus atos. Além disso, o longa foca no entretenimento puro. Desde o início, somos presenteados com um novo personagem intrigante e que traz um arco novo para a história. Com direção de Jon Watts, as cenas de ação são bem conduzidas e convincentes. O mundo do teioso nunca foi tão frenético como agora. As interpretações secundárias ajudam a introduzir camadas para a história, sejam elas dramáticas ou cômicas.
O elenco é o ponto alto. Tom Holland encontrou a verdadeira personalidade de Peter, mesmo não se prevalecendo da carga dramática que as cenas sobre o trama do Tio Ben necessitava. O aranha agora lida com as responsabilidades de ser um adolescente em um mundo adulto. Ele não é mais aquele nerd tonto de antes e, sim um jovem inteligente e cheio de insegurança. Tia May, interpretada por Marisa Tomei continua protetora, mas de uma maneira mais descolada. Mesmo nas poucas cenas em que aparece, rouba a atenção com seu carisma. Outro personagem trazido dos Vingadores é Nick Fury (Samuel L. Jackson). Ele veio para auxiliar Peter, juntamente com Maria Hill (Cobie Smulders) na missão de salvar o mundo.  Outro personagem que ajuda Petter é Happy (Jon Favreau) que além de galã, oferece para o aranha todo o que é preciso para continuar lutando. 

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Seu melhor amigo, Ned (Jacob Batalon), continua divertindo com suas piadas. Ainda sem encontrar a personalidade definitiva, a MJ (Zendaya) vigora entre o carisma e  sarcasmo, sempre repetitiva.e nunca evoluída. Embora o grupo vá para Europa, nem todos recebem grandes participações.  Desde o ínicio da viagem, Peter queria apenas ficar com MJ, mas é interrompido por uma missão. O vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal) é uma figura clichê, mas bem trabalhada. Suas motivações são estruturadas e a cada nova cena, o discurso do personagem convence. A motivação dele é de fato curiosa. 
Mesmo tende cenas gigantescas e com bastante uso do CGI, o mundo de ilusões criado para o Mysterio não me incomodou. É perceptível, porém, que depois de tanta aventura, a mão acabou ficando pesada.  Para quem esperava um filme melhor que Ultimato, pode se surpreender. Homem-Aranha: Longe de Casa é melhor que seu antecessor. Consegue entreter e dedicar momentos apenas para o fanservice.

Ps: Duas cenas pós-créditos.

Ficha Técnica:

Filme: Homem-Aranha: Longe de Casa
Diretor: Jon Watts
Data de Lançamento: 04 de julho de 2019
Elenco: Tom Holland,  Jake Gyllenhaal, Zendaya e  Samuel L. Jackson
Avaliação: 4/5

Trailer:

SPOILER
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Para quem está querendo saber quem será o próximo Homem de Ferro, a resposta pode ser encontrada neste filme.


Escrito por

Andressa Mendes