Em 28 de junho é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Mais do que uma celebração, a data foi criada para relembrar a luta de todo um grupo por seus direitos mais básicos: o de existir e o de amar. O dia em si foi o mesmo que, em 1969, homossexuais e transexuais que frequentavam o bar nova-iorquino Stonewall Inn protestaram contra a violência da polícia. Na data, policiais fariam mais uma diligência contra a venda de álcool ilegal, sendo seus alvos principais os locais frequentados por “doentes mentais”, como gays eram classificados à época pela Associação Americana de Psicanálise.

Para celebrar e reiterar a importância desta data, o Acabou em Pizza escolheu dez filmes e cinco séries que evidenciam a luta, o protagonismo e a importância da comunidade LGBTQIA+ na construção de uma sociedade mais respeitosa e diversa. Confira:


Filmes

Me chame pelo seu nome

No verão italiano da década de 80, o adolescente Elio (Timothée Chalamet) passa seus dias transcrevendo e tocando música clássica, lendo e flertando com uma amiga. Até que conhece um estudante estadunidense mais velho, Oliver (Armie Hammer). A história de amor e o clima quente da Itália dão um toque especial para a trama, que tem uma das trilhas sonoras mais bonitas do cinema recente. Dirigido por Luca Guadagnino e com o Oscar de melhor roteiro adaptado.

Onde assistir: Netflix

Retrato de uma jovem em chamas

Na França do século 18, a mãe de Héloïse (Adèle Haenel) contrata a pintora Marianne (Noémie Merlant) para que ela faça um retrato da filha sem que a garota saiba. As duas passam os dias juntas para que, à noite, Marianne possa pintar sua modelo, mas o relacionamento entre elas começa a ficar cada vez mais intenso. Dirigido por Céline Sciamma e vencedor do troféu de melhor roteiro e da Palma Queer no Festival de Cannes.

Onde assistir: Telecine Play

Filadélfia

FIlme que rendeu o Oscar para Tom Hanks e um dos primeiros a falar, na década de 1990, sobre AIDS e homofobia. Na história, Andrew Beckett (Hanks) é um promissor advogado que trabalha para um tradicional escritório da Filadélfia. Após descobrirem que ele é portador do vírus da AIDS, Andrew é demitido da empresa. Ele contrata os serviços de Joe Miller (Denzel Washington), o advogado homofóbico que vai defender seu caso ao tribunal. Também venceu o Oscar de melhor canção — Streets of Philadelphia, de Bruce Springsteen.

Onde assistir: Google Play

Moonlight: sobre a luz do luar

Divulgação

Um dos filmes mais bonitos da última década, o vencedor do Oscar de melhor filme Moonlight acompanha três fases da vida do protagonista Chiron: na infância, na adolescência e como um jovem adulto. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, este é um poético estudo de personagem, que evidencia a luta contra o racismo e contra a homofobia. Também rendeu o Oscar de melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Mahershala Ali. O diretor é o excelente Barry Jenkins.

Onde assistir: Apple TV e Google Play

O Segredo de Brokeback Mountain

Brokeback é o nome da montanha onde o vaqueiro Ennis del Mar (Heath Ledger) e o caubói de rodeio Jack Twist (Jake Gyllenhaal) vivem um romance secreto por quase 20 anos. Um clássico dirigido por Ang Lee, que ganhou o Oscar de melhor diretor pela obra. O filme também levou a estatueta de melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora.

Onde assistir: Netflix e Telecine Play

Uma mulher fantástica

Vencedor do Oscar de melhor filme internacional, o drama dirigido pelo chileno Sebastián Lelio acompanha a trajetória de Marina (Daniela Vega), uma mulher trans que precisa enfrentar o preconceito da família do seu namorado, que morre logo no início da trama.

Onde assistir: Amazon Prime Video

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Baseado no curta-metragem Eu não quero voltar sozinho, o filme de 2014 conta a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um estudante cego do ensino médio que luta por sua independência, ao mesmo tempo que descobre a sua sexualidade. A sutileza do roteiro e a bela atuação dos personagens são dois dos principais pontos da obra dirigida por Daniel Ribeiro. O filme chegou a ser escolhido pelo Brasil para representar o país no Oscar daquele ano.

Onde assistir: Netflix e Telecine Play

Bixa Travesty

Divulgação

O corpo político de Linn da Quebrada, cantora transexual negra, é a força motriz desse documentário que captura a sua esfera pública e privada, ambas marcadas não só por sua presença de palco inusitada, mas também por sua incessante luta pela desconstrução de esteriótipos de gênero, classe e raça. 

Onde assistir: Apple TV e Google Play

Laerte-se

Mais um importante documentário brasileiro na lista. Uma das artistas mais respeitadas e conhecidas do Brasil, a cartunista Laerte passou quase 60 anos se expressando e sendo identificada como homem, até que decidiu revelar sua identidade de mulher transexual.

Onde assistir: Netflix

Você nem Imagina

Um filme teen sobre amor. Ellie Chu (Leah Lewis) descobre que é apaixonada por Aster Flores (Alexxis Lemire), uma garota que namora o cara mais popular do colégio. Habilidosa com as palavras, Ellie é contratada por um colega, Paul Munsky (Daniel Diemer), para escrever uma carta de amor justamente para Aster, se passando por ele. Uma comédia romântica para assistir comendo pipoca.

Onde assistir: Netflix


Séries

Pose

JoJo Whilden/FX/Divulgação

Pose é uma série sobre o cenário LGBTQIA+ afro-americano e latino-americano da cidade de Nova York. Apresenta a cultura ballroom entre os anos 1980 e 1990, onde os personagens em destaque são dançarinos e modelos que competem por troféus e reconhecimento. Eles se apoiam em uma rede de famílias escolhidas conhecidas como Casas, para lidar com os preconceitos e injúrias daquelas épocas. Criada por Ryan Murphy, a série é uma das mais vistas atualmente.

Onde assistir: Netflix

The L World

The L Word é um marco no tema. Lançada no início de 2004, a série conta sobre as vidas e os relacionamentos de um grupo de mulheres lésbicas e bissexuais que vivem em West Hollywood, na Califórnia. O ponto de encontro das amigas é, desde então, o bar e café The Planet, onde frequentemente se encontram nos episódios.

Onde assistir: Globoplay

Orange is the new Black

Divulgação Netflix

Um sucesso nas primeiras temporadas, a série criada por Jenji Kohan conseguiu trazer uma história cativante e com personagens muito carismáticas para falar sobre assuntos muito complexos e demasiado humanos. Com a premissa de uma história que acontece dentro limites da penitenciária, a história apresenta diversas mulheres que representam histórias muitas vezes inspiradas em figuras reais, o que deixa tudo ainda mais sensível. Em algumas personagens, podemos encontrar muitas lições sobre gêneros e sexualidades que, no final das contas, dizem muito sobre ser quem você é e poder ser feliz dessa forma. 

Onde assistir: Netflix

Oz

Produzida pela HBO, Oz mostra a história de um casal homossexual descobrindo o amor e tentando manter a lucidez em um presídio violento e perigoso. A trama é triste, mas muito realista. Um espetáculo com o selo de qualidade HBO, o que já diz muito sobre a produção.

Onde assistir: HBO Max

Angels in America

Uma das produções mais aclamadas da HBO, Angels in America segue personagens complexos tentando sobreviver nos Estados Unidos de Ronald Reagan, em meio à chegada da Aids. As implicações sociais, sexuais e religiosas da doença mostram o contexto da epidemia do vírus. No elenco, No elenco, Meryl StreepMary-Louise ParkerEmma ThompsonAl Pacino e Patrick Wilson.


Especial: Falas de Orgulho

Para fechar nossa lista, uma dica de especial que será exibido nesta segunda-feira na Globo e estará disponível, na sequência, no Globoplay. É o Falas de Orgulho, que mostrará a trajetória de uma comunidade plural, pessoas completamente diferentes entre si, mas que se reconhecem em um ponto em comum: o orgulho; de ser livre, de se relacionar sem preconceitos, de existir e de ter voz. Serão oito personagens de diferentes idades, regiões, trajetórias de vida e religiões – e por trás delas, histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+. Vale a pena assistir.

Escrito por

Acabou em Pizza

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